Há mais uma torre na colina da Sé de Viseu

     "Nasceu" uma torre fatela junto à Praça D. Duarte.*
     Mas o que é isto? Como se autoriza isto?
O centro de Viseu precisa de muita coisa.  
De um mostrengo destes não precisava.

* Tomei conhecimento deste assunto no Facebook do arquitecto Rogério Lopes que, hoje mesmo, apresentou uma "reclamação / indagação de razões" junto do IPPAR.
Tem toda a solidariedade deste blogue.

Comentários

  1. De facto ... inexplicável e de reprovar profundamente.

    ResponderEliminar
  2. E a minha pessoal. Acho uma aberração, e penso que os cidadão têm uma palavra a dizer. Aquele é o nosso centro historico, e não fasso ideia de quem seja o projecto, ou quem é o proprietario, mas que não está bonito de se ver não e que interfere com uma coisa que é de interesse público ecomum, interfere de uma forma muito nociva.

    ResponderEliminar
  3. Alexandre, um grande aplauso pelas fotos que colocou!
    Abraço
    R.

    ResponderEliminar
  4. Gostava muito de ver uma fotografia da construç~~ao anteriormente existente.
    Haver´a por ai alguem que a tenha?
    E´ que j´a ouvi a pessoas responsa´veis dizer que esta´ como era ! Podiam corrigir para melhor
    na~o era?

    ResponderEliminar
  5. Obrigado a todos pela expressão das vossas opiniões que são e serão sempre bem-vindas aqui neste modesto "estabelecimento".

    Bazookas o teu blogue é a principal fonte de movimento do Olho de Gato.
    Muito obrigado!

    ResponderEliminar
  6. António José Coelho13 de outubro de 2010 às 11:31

    Se calhar descobriram que a torre do castelo medieval era por ali e estão a fazer um ensaio de como seria a vista na defesa da cidade. Ainda vamos ver umas ameias por lá colocadas e uns mata-cães e quem sabe uma ponte-levadiça.

    ResponderEliminar
  7. Já há mais de um mês que reparei na "torre". Os vizinhos informaram-me que já existia um acrescento sobre a cornija do prédio original mas na reconstrução subiram muito mais.
    Terá sido autorizado este atentado ou é ilegal?
    No prédio fronteiro também houve problemas com as dimensões da sacada.

    ResponderEliminar
  8. Sobre a imagem do passado!!
    Não está como era... não entremos por aí!! nem na cota nem na altura... e muito menos no VOLUME!!!
    Conheço bem a Praça e o edifício em questão antes desta Ampliação!!
    Dúvidas sobre o respeito ao projecto inicial? tenho!!
    Para mim basta ver a estrutura de betão/lage de remate (?) que tem 2 pilares a assentar em meio de asna... nenhum engº digno desse título faz isso!! Esse tipo de solução construtiva aparece mais e até quase como típico de pato-bravo das periferias urbanas!!! Sáo sobras!!
    Parece-me sim que em obra, à boa maneira Portuguesa,houve um errito no betão.... sobrou e... usou-se... talvez tenha sido isso!! um errito na quantidade de betão, e como estava a mais, para não se estragar... usou-se!! E o Património Histórico de todos nós... que se lixe..!!
    gd ab
    R

    ResponderEliminar
  9. Em Janeiro de 2006, um arquitecto viseense passeava pelo centro histórico da sua cidade quando se apercebeu de um edifício à venda. Não é fácil convencer um promotor imobiliário a trocar um terreno “limpinho” num loteamento nas imediações da cidade, por um edifício como este? Aqui os constrangimentos e restrições são muitos e de natureza variada…
    Inúmeros episódios se passaram entretanto… O facto é que conseguiu convencer um seu cliente a comprar o dito edifício e a equipa projectista que integra elaborou o projecto da sua recuperação. Foi um projecto motivante onde muito se empenharam. Várias foram as reuniões em Coimbra no antigo IPPAR e também na Câmara com os técnicos responsáveis. Todos os pormenores foram exaustivamente estudados: cércea; volume; ritmo dos vãos; materiais de revestimento; pormenores de caixilharia; estudos cromáticos; estudos tridimensionais; acessibilidades… O projecto foi então aprovado em todas as instâncias competentes uma vez que todos os requisitos regulamentares estavam salvaguardados (IPPAR em Fevereiro de 2008 e CMV em Maio de 2009).
    A obra começou em Abril de 2010 e o projectista continua semanalmente empenhado no seu trabalho, certificando-se que o projecto é integralmente cumprido.
    Fico por isso extremamente surpreendido quando leio todos estes comentários. Tantas pessoas indignadas, algumas minhas conhecidas, bem formadas e informadas, a fazerem afirmações sem fundamento e com total desconhecimento… Terão realmente conhecido o edifício no passado? Será que conhecem o projecto que assinei e as leis aplicáveis? Esta equipa projectista tem sido responsável nos últimos 10 anos por diversas intervenções na cidade, estando à vista de todos. Julgo estarmos a contribuir de forma positiva e responsável para a qualidade da nossa cidade. Acredito que se tenham precipitado na apreciação…
    Terá valido a pena toda esta cruzada de quase 5 anos? procurar e convencer alguém a fazer este investimento? Continuamos a acreditar que sim.
    Deixo-vos algumas fotos de como o edifício era no passado, julgo que esclarecedoras…
    http://www.facebook.com/?ref=home#!/profile.php?id=100000165733433

    Alexandre Maia

    ResponderEliminar
  10. AInda bem que se indignam com a requalificação de uma estrutura que respeita, na totalidade, a volumetria preexistente. Quando estiver terminada a obra poderão surtar de vez com mais um edifício requalificado.
    Enquanto isso, vão construindo anexos ilegais no quintal de casa que acham "perfeitamente normais", lindos e práticos, para guardar o entulho acumulado ao longo dos anos.

    Cidadão não indignado.

    ResponderEliminar
  11. Caríssimo colega Alexandre Maia,
    Saudações e um abraço!Começo por informar que não conhecemos o projecto que assinou, uma vez que não vislumbrámos o cartaz informativo que precede qq obra!Em caso de, teria obviamente ido consultar o processo! Para lá de entidades consultadas etc o que se coloca em causa é a visão de cidade, a atitude ante a cidade. O edifício em causa apresentava maior número de pisos via ser uma generosa manta-de-retalhos no seu remate superior conferindo-lhe mais uns m2 e pisos face aos edifícios que o ladeiam. A lembrarmos o tempo gasto em todos os trâmites que uma intervenção em Centro Histórico obriga,tentar o assegurar a rendibilidade de um Projecto via m2 é algo natural em Promoção!Só que há grande diferença entre a Promoção "pura" e o Intervir em Centros Históricos. Há uma questão acrescida de responsabilidade social,Responsabilidade com o Passado e sobretudo com o Futuro!Em Centro Histórico não se pode focar o negócio só em metros quadrados obtidos, por muito que estes já lá "estivessem"! Em Centro Histórico há outras mais-valias,outras formas de promover e vender,outra qualidade na procura, outra qualidade espacial de vida! Reconstrução e respeito pelo "Genius Locci" não significa legalizarmos sempre o que indevidamente foi acrescentado ao longo de décadas.Significa também o extirpar de elementos ou outros abcessos que injuriam o espaço, os edifícios e/ou a história! No caso,optaram pelo não extirpar! É uma opção!Não seria a minha!Prefiro o corrigir os erros do passado e não prolongá-los mais no tempo!Há pessoas e promotores, que têm a percepção da necessária correcção dos erros do passado em nome da melhor cidade do futuro!E é neste contexto que eu também creio nas vozes que não apreciam o volume obtido no imóvel alvo desta apreciação colectiva, e como eu se manifestam cívicamente num espaço, num lugar de debate com carácter afectivo mas também intelectual!
    Tal debate é lícito também a quem pugna por uma "melhor cidade" e não por apenas "mais cidade". E apenas neste contexto "melhor cidade" não ser igual a "mais cidade" mostrámos a nossa indignação em relação ao "mais para cima" com que no presente brindamos às gerações vindouras! É esse o nosso legado, o por uma vez poder ter melhorado e não o ter feito, e também para alguns de nós a nossa indignação! As fotos que colocámos mostram as razões, contituem-se também razão da nossa indignação!Estabelecemos pois um acto de crítica colectiva onde ninguém quiz magoar ou vilipendiar quem quer que fosse!Naturalmente nos sentimos magoados pelo que se perde em poder colocar o Centro Histórico (ainda) melhor! Sentimo-nos magoados pela oportunidade perdida!Em reabilitação urbana sabemos que muito do que é antigo.. éapenas "velho"!!..Sem qualquer valor Arquitectónico Histórico ou outro!! Sabemos que para gerar valor, há que devolver a autenticidade do espaço! Onde está o "espírito do lugar" ao ver algo sobressaindo da linha desenhada entre o Nobel Edifício da Sé e a Igreja fronteiriça? Os maus exemplos não se devem transmitir, pois correm o risco de serem assumidos como correctos e assim estarmos a degenerar no futuro o conhecimento da verdadeira razão e essência das coisas!By the way, a foto que por bem colocou mostra um remate do edifício que parece surgir algo diferente do que propõe actualmente!Observamos que há mais do que uma atitude quando falamos de intervenção em Centros Históricos! Seja enquanto projectistas, promotores,ou cidadãos no exercício decidadania!Eu prefiro a atitude que melhor integra o "genius locci", sem museologia, mas com verdadeiro respeito pelas ambiências! Há que transmitir as verdadeiras essências dos espaços às gerações vindouras!
    É como me posiciono, e como tal tenho o direito enquanto cidadão,livre em pensamento, de poder considerar que a solução que encontraram, não será a melhor solução para a Rua onde se integra bem como para a envolvente! E apenas isso!
    Despeço-me com respeito e um abraço amigo..
    Rogério L

    ResponderEliminar
  12. Caro Alexandre,

    Se calhar para estes senhores era melhor deixar o edifício continuar como estava até entrar em ruína. Isso sim, para eles é que é qualificar o centro histórico.
    Se não gostam, arranjem dinheiro e reabilitem-no. Entretanto não façam pouco do trabalho honesto dos bons profissionais que temos em Viseu, que fazem trabalhos na nossa cidade bem melhores que outros de renome do Porto e de Lisboa. Mas desses ninguém fala...

    ResponderEliminar
  13. Saudaçõs Serafim

    Seguramente não leu completamente o meu pos! Um edifício velho, antigo, ou em mau estado, não deve dar lugar a mais um "erro" (de atitude) por muito que o mono já lá estivesse... é como dizer que .. a Torre da Caixa, aquela coisa que desfeia e entristece a linha de cidade,(da cidade de Viseu) daqui a 80 anos a precisar de reabilitação deva ser integralmente respeitada em altura! (e porque...é páá!!! já lá távaaaa) Mais, lembro-lhe que ninguém fez pouco de trabalho honesto, antes pelo contrário, ficámos foi assombrados pelo se permitir usar perfis de cidade que vão contra esta (à semelhança do estragado pela referida torre da caixa,(só que ambas em épocas distintas)), daí as perguntas que seguramente leu .."como é possível??" Por alguma razão existem instituições como o IGESPAR, que por ex. no Alentejo.. e muito bem, cerceia determinado tipo de atitudes, opções, posicionamentos.. e aqui... parece licenciar o que não deveria! Tb daí a minha perplexidade! A cidade existe sempre em mutação, é sabido, mas o que sabemos agora/hoje permite-nos saber/fazer melhor do que há umas décadas atrás, ou seja corrigir as corcundas dos vários Quasimodo que pululam por vários Centros Históricos!! Aliás nas candidaturas a Património Mundial, para o ICOMOS, tal é elemento seguro de observação!! Entretanto envio um abraço aqui deste Viseense que gosta de trabalhar nas zonas rayanas, geografica, mas tb cultural e intelectualmente!! R.Lopes

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares