YouTube*

* Texto publicado no Jornal do Centro há exactamente dez anos, em 1 de Setembro de 2006




1. No último Olho de Gato, para ilustrar um ponto sobre as mentiras fotográficas da última Guerra do Líbano, aconselhei um vídeo de quatro minutos no www.youtube.com.

O YouTube é, por si só, um bom tema de conversa. Mereceu um longo artigo de Howard Kurtz, no Washington Post, de 10 de Julho, em que era analisada a sua crescente influência política. Por exemplo, “Bush Sucks” é o sexto grupo de vídeos mais visitado do YouTube.

O YouTube foi criado há 18 meses. É pago pela publicidade e as pessoas podem gratuitamente colocar lá os seus vídeos (caseiros ou não). O visionamento é também gratuito e é interactivo (as pessoas podem votar nos vídeos que vêem). Todos os dias são lá acrescentados 60 mil vídeos (!). É uma revolução em que participam também, por exemplo, o Google Vídeo, o Metacafe.com e o Revver.com.

Só agora, com a democratização da banda larga, é que o vídeo pode chegar em força à Net. Qualquer adolescente, com uma câmara, e com algumas competências de edição electrónica, pode partilhar os seus trabalhos, ou as suas escolhas televisivas, com todo o mundo.

2. Sou “cliente” dos 2865 vídeos do Gato Fedorento no YouTube (números de 28 de Agosto). Foi lá que conheci os sketches do Gato Fedorento. O “Vai dar uma ganda volta”, o “Rap dos Matarruanos”,  ...


... o “Condutor da ambulância”, o “Falam, falam, falam…” e por aí fora. Uma desbunda que, para mim, foi, e é, em computador. As televisões que se precatem.

3. Lembram-se da canção dos The Buggles, “Video Killed The Radio Star”? A canção era boa mas não profética. Ninguém matou ninguém. As estrelas do vídeo também são estrelas da rádio.

Também não vai acontecer o “Video Killed The Blog Star”. Muitos blogues vão é, cada vez mais, utilizar imagens em movimento.

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